terça-feira, agosto 21

Viagem ao Centro das Américas 38

Adeus Lago Atitlán


Ainda há lugares assim. Lugares onde as viagens se materializam em sonhos feitos realidade, lugares onde a natureza grita todo o seu esplendor, lugares que nos fazem chorar e rir às gargalhadas só pelo puro prazer de estarmos vivos. Ainda há lugares assim, que nos fazem desejar nunca partir, que nos fazem pensar na palavra "paraíso", lugares que dão vontade de pagar bilhetes de avião à família e aos amigos todos, só para verem, só para saberem como é, porque nunca vamos ser capazes de os explicar ou descrever. Lugares que nos fazem chegar ao fim do dia tão cansados e tão felizes como se fôssemos crianças, como se passássemos o dia inteiro a jogar à bola, a andar de bicicleta, a brincar e a brincar. Lugares que jamais poderão ser esquecidos.
Preparo-me para deixar San Marcos La Laguna e o Lago Atitlán. Parto porque sim, porque é tempo de o fazer. Se pudesse, abraçaria todas as montanhas e vulcões, todos os caminhos, todos os viajantes, todos os homens e mulheres e crianças que encontrei nas horas infinitas que demorei a percorrer as suas margens, todas as suas margens e todas as plantas e animais. A todos talvez dissesse "até um dia". Porque a lugares assim podemos nunca mais regressar fisicamente, mas habitarão para sempre os nossos sonhos. Lugares assim levam-se connosco até ao fim de todas as viagens.
Para a Maria Ana

1 comentário:

Anónimo disse...

No início dos tempos o homem permaneceu em contacto com a mãe natureza. As suas forças estavam a par do relacionamento místico do homem com os "espíritos" da natureza. Essas presenças eram percebidas nos bosques, no fogo, na água, no ar e na terra.
Acende uma vela.