sexta-feira, agosto 31

Viagem ao Centro das Américas 44

Desayuno Chapin

O dia por estas bandas começa assim: chávena de café com leite, feijões, ovos mexidos com fiambre, plátano (espécie de banana) frito e umas tortlhas a acompanhar. Parece violento? Neste momento, já gosto tanto que mal sou capaz de comer outra coisa.

Viagem ao Centro das Américas 43

De Cópan a El Remate (Tikal), Guatemala

A viagem agora faz-se a três. Eu, Neus e Francesc, a caminho do norte da Guatemala para ver uma das capitais mais antigas do mundo Maia: Tikal, um monumento em plena selva. O problema é que a coisa está a uns 300 quilómetros de Cóban, de onde saímos. Isto, na Guatemala, representa um dia de viagem. Começamos cedo, prontos a aproveitar o fantástico sistema de transportes públicos, onde nunca se espera e há sempre alguém pronto a levar-nos.


Segundo transporte do dia, um colectivo. Cabe sempre mais um...


A conta vai em um autocarro e dois colectivos, mas agora há que apanhar um barco. É preciso atravessar um pequeno rio e ainda estão a construir a ponte.


Terceiro colectivo do dia. Pela estrada fora...


Segundo autocarro e sexto meio de transporte do dia. Que bem que sabe este ventinho...


Ao chegar, o lago Peten Itzá parece estar à espera com esta mensagem de boas vindas. Outra vez sem palavras.


Para a Virgínia

Viagem ao Centro das Américas 42

Semuc Champey, Guatemala



Acordar bem cedo. Pequeno-almoço reforçado. Entro na camioneta sento-me começa a viagem até Semuc Champey. Estrada de alcatrão durante 50 quilómetros estrada de terra durante mais 20 até ao início do parque. Está calor sobretudo humidade e pouco depois é a subir ar húmido de selva ar de vida sempre a subir o suor que escorre pela cara pelo corpo acima da cabeça aos pés até chegarmos ao mirador onde está a vista das piscinas naturais do rio do lugar para onde vamos quase 300 metros mais abaixo. Descer 300 metros mais uma hora de caminho até que paramos e comemos algo o pequeno-almoço foi às sete da manhã. Assim que acabamos de comer guardar as máquinas fotográficas o que se viverá a seguir ficará apenas na memória e por muito tempo e é tempo de descer o rio. Por vezes caminha-se por vezes nada-se salta-se para a água azul turquesa límpida não muito quente nunca muito fria e continua até chegar ao ponto em que terminam as piscinas naturais e há que descer por uma escada de cordas por entre os rochedos e a água que corre sem parar por baixo fica uma gruta o verdadeiro Semuc Champey porque Semuc Champey quer dizer rio que corre debaixo da pedra mas da gruta já nao há saída a água corre em torrentes que metem medo a solução? a solução é entao saltar e se é saltar imagine-se um prédio de três andares sem exagero só que cá em baixo é onde as torrentes se juntam e por isso há que nadar bem forte a partir do momento de impacto com a água e se mete medo? é claro que mete medo há que não pensar portanto. Salto. A sensação de que nunca mais termina esta queda este vôo e o estômago colado na boca em dois segundos onde podia caber uma vida inteira o choque com a água é tão forte que por momentos nao sei sequer onde é a margem da margem grita o guia para que saiba para que lado nadar nadar nadar nadar e chegar à margem para subir a pulso rochas e outra vez rochedos por entre a água que nunca mais pára de correr esta água. Chegar e seguir voltar a fazer o caminho de volta e agora até às Cuevas de Las Marias grutas que se exploram mas quando lá chegamos há um baloiço que nos projecta por cima do rio uma "brincadeira" enquanto esperamos e sento-me em cima de um tronco suspenso por cordas e sinto que me puxam para trás antes de voar o corpo projectado até ficar acima das águas corpo que se desprende corpo em suspenso antes de cair com um estrondo e gritar gritar rir rir como loucos só os mais loucos se atrevem a fazer tudo isto o corpo já dói de tantas quedas e voltas. Subir depois e então até à entrada das grutas inundadas e na mão apenas uma vela por vezes é preciso nadar é claro que pouco depois se fica às escuras a vela molhada no bolso dos calções que se lixe seguem-se as vozes inundadas água e mais água sempre correndo e outra vez subir outra vez saltar saltar para uma "piscina" na escuridão saltar para o escuro e cair sem saber onde se cai. Voltar e ao sair o dia está a acabar dentro do autocarro fala-se livremente facilmente toda a gente mais viva que nunca. À minha frente está um par de amigos vindos da Catalunha, Neus e Francesc e falamos e rimos o tempo todo o caminho inteiro até chegar à noite de Cóban. Chegar. Respirar, se possível.
Para a Clara

domingo, agosto 26

Viagem ao Centro das Americas 41

Blog Stop

Lamento, mas nao estou a conseguir. Tudo o que vivo, tudo o que vejo, tudo o que sinto. Nao consigo descreve-lo, transmiti-lo sem que me pareca que as palavras ficam a milhares de milhas de distancia, as fotos vagas impressoes da realidade. Peco desculpa a todos os que de forma fantastica tambem para mim tem acompanhado e comentado esta minha viagem, mas vou parar um momento. Voltarei em breve.

quarta-feira, agosto 22

Viagem ao Centro das Américas 40

A surpresa

Caminhava pelo Parque Nacional Las Victorias, em Cóban. No meio do bosque, um professor dá uma aula de Educação Física a crianças que não têm mais de 6, 7 anos. Particularidade: parece-me que estão a falar Língua Gestual. Páro e fico a observar, o professor cumprimenta-me simpaticamente. E sim, estão mesmo a falar Língua Gestual. A aula termina e começamos a conversar. Chama-se Olima e dá aulas de Educação Física num colégio ali perto. Digo-lhe que também sou professor de surdos e convida-me a acompanhá-lo para conhecer e EDECRI - Escuela de Educacion Especial Centro de Rehabilitacion Integral.


Aí conheço a directora e Merlyn, uma professora com curso superior em Lensengua (Lengua de Segños Guatemalteca) que me explica amavalmente como funciona o colégio e que responde prontamente ao chorrilho de perguntas que lhe vou fazendo. Merlyn é professora primária, mas isso, aqui em Cóban, é sinónimo de dar aulas a alunos quase com 20 anos. Conheço a turma de Merlyn e aprendo a dizer "bom dia" e "obrigado" em Lensengua. Percebo ainda que existem muitas semelhanças entre a Língua Gestual Portuguesa e a Lensengua. O melhor vem depois. Os miúdos. Olham para mim com uma enorme curiosidade e respeito e cheios de sorrisos quando lhes é explicado que também sou professor de surdos.

A turma de Merlyn

Despeço-me porque por aqui é tempo de aulas e sinto que estou a interferir. Cá fora, encontro mais crianças. Começo a falar com elas usando a LGP, mudando gestos, fazendo mímicas. Algumas coisas entendem, mas a comunicação é sobretudo feita através da forma como me olham, como se riem para mim, como se fascinam com a atenção que lhes dou. Quando me vou embora, já estou a flutuar de alegria. E pensar que pensei que a Língua Gestual era a única que jamais poderia usar nas minhas viagens...

Os contemplados com fotografia. Um deles ainda me escreveu o seu nome num papel, mas estava em Q'ekchi, língua Maia. Não consigo reproduzi-lo aqui.

Para A. Lima e Susana R.

terça-feira, agosto 21

Viagem ao Centro das Américas 39

On the road again
O destino é Cóban, no centro da Guatemala, mas antes é preciso passar por Guate outra vez e apanhar aí a ligação. Antes foi atravessar de barco o Lago Atitlán, apanhar outro shuttle até Antigua (correu muito melhor desta vez, ao pé da janela e com um dia lindo lá fora). A viagem entre Antigua e Guate é feita assim, à boleia com o António. Deviam ver a calma dele a conduzir no meio daquilo tudo.


Ciudad Guatemala





Só de noite vou chegar a Cóban. O dia, esse, acaba outra vez em grande. Da janela do autocarro, vejo o sol a pôr-se sobre a Cordillera de los Cuchumatanes.


Viagem ao Centro das Américas 38

Adeus Lago Atitlán


Ainda há lugares assim. Lugares onde as viagens se materializam em sonhos feitos realidade, lugares onde a natureza grita todo o seu esplendor, lugares que nos fazem chorar e rir às gargalhadas só pelo puro prazer de estarmos vivos. Ainda há lugares assim, que nos fazem desejar nunca partir, que nos fazem pensar na palavra "paraíso", lugares que dão vontade de pagar bilhetes de avião à família e aos amigos todos, só para verem, só para saberem como é, porque nunca vamos ser capazes de os explicar ou descrever. Lugares que nos fazem chegar ao fim do dia tão cansados e tão felizes como se fôssemos crianças, como se passássemos o dia inteiro a jogar à bola, a andar de bicicleta, a brincar e a brincar. Lugares que jamais poderão ser esquecidos.
Preparo-me para deixar San Marcos La Laguna e o Lago Atitlán. Parto porque sim, porque é tempo de o fazer. Se pudesse, abraçaria todas as montanhas e vulcões, todos os caminhos, todos os viajantes, todos os homens e mulheres e crianças que encontrei nas horas infinitas que demorei a percorrer as suas margens, todas as suas margens e todas as plantas e animais. A todos talvez dissesse "até um dia". Porque a lugares assim podemos nunca mais regressar fisicamente, mas habitarão para sempre os nossos sonhos. Lugares assim levam-se connosco até ao fim de todas as viagens.
Para a Maria Ana

Viagem ao Centro das Américas 37

Às voltas pelo Lago Atitlán

"La Poderosa II" (embora nem sempre... de vez em quando era eu a puxá-la montanha acima em vez do contrário...)

A dado ponto "La Poderosa" tornou-se inútil. A largura dos carreiros mal dava para uma bota quanto mais para uma bina.

Os vigilantes do lago, Chuitinamit e Volcán San Pedro


E mai' nada! (há que poupar meus senhores, se temos um letreiro mais vale pôr logo mais de uma mensagem)

Dizem que é o melhor hotel da Guatemala. Eu gostei foi logo do nome e do letreiro, com aquela gente toda de mão dada e a ideia de que nos podíamos juntar todos ali.

Outra vez o princípio da economia. Quantas figuras conseguem ver?
La Casa del Mundo. Se alguém tiver uma lua de mel para gastar já sabem onde estou.

Ao fim do caminho. É tempo de pegar na "Poderosa" outra vez, mas antes disso deixo-me ficar a contemplar mais um bocadinho.


Regresso. Fim do dia. Fim. Sem palavras.

Para a Ângela

Viagem ao Centro das Américas 36

Mesa de cabeceira

...e companheiros nocturnos

sábado, agosto 18

Viagem ao Centro das Américas 35

Cheguei a este lugar. San Marcos La Laguna, uma pequena povoação nas margens do Lago Atitlán. Nao consigo descrever este lugar agora, assim, no instante em que o vivo. Talvez que quando regresse possa falar sobre ele. Das ruas estreitas que parecem pedir permissão ao bosque para que passem, dos cheiros intensos, dos cheiros que ficam depois da chuva, da chuva caindo sobre folhas e águas, do vento suave que de vez em quando agita o lago, do marulhar das ondas mínimas que avançam em passo lento até tocarem as margens, do canto e do piar dos pássaros, dos vulcões-montanha que se erguem como gigantes vigiando o seu maravilhoso mundo, do silêncio, da paz que por aqui reina e se sente, das nuvens que se entrelaçam com os picos como se dancassem entre eles, dos barqueiros que passam, das gentes que sorriem ao mero cruzar de olhares, da noite que caíu e dos cânticos e rezas que mulheres entoavam ao longe na língua dos seus antepassados, o som preenchendo o ar sem ofender o silêncio, desta imersão que sinto com a natureza e o estado puro das coisas. Cheguei a este lugar ao vigésimo primeiro dia da minha viagem, quando faltam vinte e um dias para esta viagem terminar. Tiro algumas fotografias, escrevinho meia-dúzia de apontamentos no meu bloco de notas. Todavia, sei da sua inutilidade perante a magnificiência do que me rodeia. Para que serviriam as palavras? Qual a imprecisão exacta das imagens? Cheguei a este lugar. Silêncio.

quinta-feira, agosto 16

Viagem ao Centro das Américas 34

Lago Atitlán, Guatemala






A caminho de San Marcos La Laguna


Os meus "aposentos" no meio da floresta


"Rua" de San Marcos La Laguna


Amanhecer sobre o Lago Atitlán

Para a Irene

Viagem ao Centro das Américas 33

Antigua, cidade património mundial e antiga capital da Guatemala, é o primeiro lugar onde chego nesta viagem onde se pode observar turismo em massa. É um lugar bonito, mas onde é difícil sentir contacto com as raízes locais, tal o volume de lojas e cafés e restaurantes que podiam ter saído directamente da baixa de uma qualquer cidade europeia. Sendo interessante q.b., passeio um dia pela cidade e aproveito, entre outras coisas, as várias livrarias que aí existem e que trocam e vendem livros, para recompor o meu stock de leituras (é difícil arranjar livros nestas paragens, excepto em cidades grandes ou locais mais turísticos, as duas coisas que tento evitar no meu itinerário). Na manhã seguinte, parto rumo ao Lago Atitlán.
Para chegar ao Atitlán, é muito mais rápido e nem por isso mais caro comprar bilhete num shuttle, uma carrinha cheia de turistas que me deixará em Panajachel, a principal vila nas margens do lago, em duas horas e meia. Pela primeira vez, decido não apanhar um transporte público - uma das melhores formas de se conhecer um país - e opto por viajar num destes veículos apinhados de turistas. Será uma das piores decisões que até agora tomei.
O dia está chuvoso, nublado, pardacento. Dentro da carrinha, 15 pessoas. Como chove, as mochilas também vão lá dentro, o que deixa o espaço ainda mais limitado, bem mais do que em todos os "chicken buses" em que andei até agora. A estrada alterna entre curvas e contracurvas e a passagem por povoações onde é necessário abrandar. O condutor lá deve saber o que faz, mas a sua forma de conduzir deixa antever que não parece perceber muito de mudanças e caixas de velocidades. É um constante abrandar e arrancar, o que faz com que avancemos aos repelões. A meio da viagem, uma hora depois de termos partido, já sei que algo não vai correr bem. Começa por ser uma ligeira tontura, depois um mal-estar geral. De seguida, o estômago parece que se incendeia, sinto-o como se tivesse engolido farpas. Fecho os olhos, estou enjoado, mas penso que é apenas isso, enjôo. Abro uma janela e deixo que o ar me bata no rosto. Aceito as circunstâncias e deixo o corpo balancear com os puxões que a carrinha dá sobre o asfalto, um truque que aprendi ao andar de jipe no deserto. Todavia, há neste caso duas circunstâncias que nao se verificaram então. A primeira é o facto de estarmos nas montanhas, ou seja, em altitude. A segunda é a casualidade de não ter almoçado antes de partir. A altitude, o enjôo e a fraqueza sao uma poderosa conjugação de factores. Do enjôo passo a fortes tonturas e não muito tempo depois deixo de sentir as pernas, os braços estão dormentes e mal os consigo mover. Sei que vou desmaiar, pressinto-o. A meu lado, uma pilha de mochilas serve-me de almofada ao corpo que deixo cair sem esforço. Ouço alguém gritar ao condutor para que páre. A porta da carrinha abre-se e dizem-me para sair. Demoro algum tempo a fazê-lo. Curiosa esta sensação, a cabeça dizendo uma coisa e o corpo incapaz de a fazer. Quando finalmente saio, a natureza brinda-me com o ar fresco da montanha e com a chuva que deixo cair sobre o rosto, o pescoço, o corpo todo. Recupero um mínimo de forças e começo a caminhar, afastando-me da carrinha. Não quero saber, quero apenas respirar esta pureza, sentir a água escorrer-me pela cara. Um dos passageiros vem ter comigo e pergunta-me se já estou melhor. Estou. Voltamos para a carrinha. Felizmente a viagem dura só mais quinze minutos.

quarta-feira, agosto 15

Viagem ao Centro das Américas 32

Portugal? Figo! Ronaldo! É inevitável. Podemos ter Saramago e Pessoa, Sintra, Algarve e praias a perder de vista, Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral, Nossa Senhora de Fátima, Amália e aquedutos e vinhos. Podemos até ter sido um dos tres países mais importantes na história de todo o continente americano. É um facto, ninguém fez mais por nós que os rapazes do pontapé na bola. Figo e Ronaldo sao o expoente máximo, mas nao é raro a gente de maior idade ou memória mais apurada mencionar Eusébio e até, pasme-se, Paulo Futre. Depois há ainda Mourinho, talvez o único que nao é recordado da forma mais positiva.
Os tres grandes do futebol nacional também sao por demasiado conhecidos. Nao foi preciso esperar por mails ou sms. Domingo passado, menos de 24 horas depois do apito final do árbitro em Leiria, lá estava a notícia no El Diario de Hoy, principal jornal de El Salvador: o Sporting havia vencido o FC Porto na Supertaca Candido de Oliveira, golo de Izmailov aos 75'. Assim mesmo, o nome completo da competicao, o autor do tento vitorioso e os minutos exactos em que se concretizou a gloriosa vitória, tudo acompanhado com a fotografia dos rapazes de verde e branco comemorando efusivamente.
Mais comum ainda, transversal a todos quantos me perguntam de onde venho, sao os feitos de Scolari e companhia. O Europeu de 2004, mas sobretudo o Mundial de 2006. E nao é só uma questao de termos ido longe nessas competicoes, é uma questao de termos sido melhores até que os campeoes (tal como nós, há quem ainda esteja espantado por termos perdido com a Grécia). Ou seja, Portugal é lembrado por jogadores e equipas que jogam bem e bonito, que agradam e deleitam que os ve jogar. Logo, acaba por gerar sorrisos, é uma "onda positiva", por assim dizer.
Assim sendo, dobrem a língua os patrícios e paisanos que gostam de falar mal da arte (sim, arte) de bem manejar o esférico, os "pseudo" intelectuais que gostam de falar em alienacao colectiva e patriotismos próprios de bárbaros. Pois, sao 22 homens em calcoes a correr atrás de uma bola, mas desses 22, 11 sao nossos embaixadores maiores. Sem eles, talvez fosse o esquecimento ou a indiferenca, mas sobretudo talvez nao víssemos os sorrisos que imediatamente se abrem quando respondem á interrogacao "Portugal? Muy bién. Te gusta el fútbol?"

Para o Carlos S.

terça-feira, agosto 14

Viagem ao Centro das Américas 31

Antigua, Guatemala

Parede na Iglesia de San Francisco



E a surpresa do dia. De notar como o "coffee" nao é simplesmente "coffee", é "relax", pois claro. Lá dentro estava o Joao, portugues de Lisboa, residente na Guatemala há 15 anos. Havia bitoques e caldeirada, mas fui para a jardineira. Soube bem falar um bocadinho de língua materna e beber a bela da bica, embora nao fosse suficiente para matar saudades do Galeto...

Para José M.