Imagine-se um lugar perfeito. Uma sucessão de ilhas que demora quase três dias a percorrer, mais de duzentos quilómetros de praias. O mar é azul turquesa, a areia é branca e fina. As pessoas, essas, caminham de um lado para o outro com o ar mais feliz e descontraído deste mundo. Todas as ruas se atravessam em qualquer ponto, os carros param para deixar passar, o tempo secundário e insignificante. As ruas, as praias, as casas, tudo limpo e organizado, por toda a parte há sinais e orientações cumpridas com naturalidade. Ao longo da ilha, há pequenas vilas com casas de madeira com ar de filme dos anos 80, material fácil de construir e destruir porque os furacões levam tudo num ápice. Mas ninguém parece importar-se muito com isso. O sol brilha e por toda a parte e as esplanadas enchem-se com conversas e risos soltos em voz alta. Come-se crocodilo e caranguejo e a cerveja é leve para aliviar o calor. Depois de comer, dorme-se a sesta à sombra de uma palmeira de frente para o azul infinito. Entretanto, centenas de pescadores continuam debruçados sobre pontões de madeira disputando o peixe aos pelicanos. Há espaço e porque há espaço, toda a gente parece ter direito à vida. Quando a tarde começa a chegar ao fim, dá-se mais um mergulho nas águas mornas enquanto o céu se faz cor-de-laranja como nas tardes mais felizes da infância. Imagine-se que um lugar assim existe mesmo. Não é difícil. Basta ser feliz.
Anna Maria Key
Pontão em Anna Maria Key. Ao fundo, talvez um dos melhores restaurantes de praia do mundo, onde os fish sticks se derretem na boca, os crab cakes são de chorar e a budweiser gelada dá vontade de mergulhar dentro da garrafa. A empregada mexicana fica radiante quando descobre que falo espanhol. Portugal? Nunca ouviu falar.
Bradenton Beach, Anna Maria Key
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Fim de tarde em Holmes Beach |
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