É tempo de deixar a Guatemala para trás. O meu visa termina dentro de três dias e se não saio daqui depressa ainda vou passar umas férias prolongadas na cadeia à espera de deportação. Tanto melhor. O destino é agora Belize. Francesc e Neus decidem continuar a sua viagem comigo. Estamos a tornar-nos num autêntico trio maravilha.
Ao entrar em Belize, a sensação é, mais do que mudar de país ou de cenário, a de mudar de continente. Pessoas e línguas completamente diferentes e fico a pensar se não cheguei afinal a África. O que continua igual são as intermináveis viagens de autocarro, sem dúvida já um vício para mim, e a melhor maneira de se conhecer um país.
Autocarro entre Benque Viejo del Carmen e Belize City. Vamos apanhá-lo e sair a meio da viagem, em Belmopan, a capital administrativa.
Em Belmopan apanhamos outro autocarro para Dangriga. Por todo o lado, a cultura garífuna faz rapidamente esquecer que estou na América Central. A Guatemala parece já um outro mundo distante.
Mas antes, paragem para manutenção. E sempre tudo a sorrir e nas calmas.
E serviu mesmo. Dá-se à chave, o motor engasga por segundos e já está a roncar em força outra vez. Os americanos podem mandar para cá os seus autocarros de sucata, mas aposto que os mecânicos daqui davam um bailinho aos engenheiros da tecnologia mais avançada.
Em Dangriga, o último autocarro, com destino a Placencia, mesmo à beirinha do mar das Caraíbas. O paraíso à espreita.Para a Djaimilia
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